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Relatório Anual Socioeconômico da Mulher evidencia pouca ascensão das mulheres aos cargos de poder

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência, Eleonora Menicucci, apresentou o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam) de 2014, dia 8 de abril. Esta é a segunda edição do documento que inclui diferentes aspectos da vida das mulheres brasileiras. A entrega contou com a presença de várias deputadas da bancada feminina da Casa.

O levantamento baliza a elaboração de políticas públicas de gênero e raça a partir dos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, ministérios da Saúde e do Esporte. Assim, o Estado pode monitorar e avaliar as políticas públicas para a área e a sociedade brasileira acompanhar as informações produzidas pela administração pública.

“Com esses dados fica claro que as mulheres entram nas carreiras, mas não ascendem. A ascensão é o gargalo. E por mais escolarizadas que sejamos, ainda ganhamos 72% do que os homens ganham. Às mulheres negras o acesso é ainda mais difícil”, ressaltou a ministra. Além de autonomia econômica, o trabalho trata ainda de direitos sexuais e reprodutivos, violência contra a mulher, mulheres em espaços de poder e no esporte.

O primeiro capítulo do relatório traz uma apresentação da estrutura demográfica brasileira. No país, 47,5% da população feminina é branca, enquanto 51,7% é negra. A área rural abriga 14,2% das mulheres brasileiras. De acordo com os dados demográficos, 42,7% das mulheres não têm cônjuge, mas cria filhos.

A desigualdade é percebida em vários setores. Na distribuição de cargos de Direção e Assessoramento Superiores (DAS), por exemplo, da administração pública federal, quanto maior o salário, menor a participação de mulheres. No caso dos de DAS 1, a divisão fica em 45% de mulheres e 55% de homens. Nos de DAS 6, são 19% delas contra 81% deles.

Na análise da distribuição de bolsas de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) também fica evidente a diferença de acesso a instrumentos de formação. No nível mais alto, o sênior, eram, em 2012, 21,6% de mulheres contra 78,4% de homens.

Outro setor que evidencia a desigualdade de gênero é o esporte. E o gargalo tem início na educação básica. As meninas matriculadas no 9° ano do ensino fundamental que praticaram atividade física regularmente na etapa de ensino eram 21,8%, contra 39,1% de meninos. (Fonte: Assessoria dep. Luiza Erundina)

CNTS

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