Pesquisas mostram que população é contra “reformas” de Temer

Ao contrário do que a publicidade oficial do governo federal mostra, são pouquíssimos os brasileiros a favor das reformas trabalhista e previdenciária. Desde que esses temas entraram em discussão, inúmeras pesquisas realizadas pelos mais variados institutos apontam que a maioria dos entrevistados é contra as medidas. Até mesmo enquete no site do PMDB, partido do atual presidente Michel Temer, apontou nessa direção. Contudo, apesar dos recorrentes posicionamentos e mobilizações, o Planalto segue com articulações intensas para impor as perdas a toda sociedade.

Veiculada em maio, a enquete na página oficial do PMDB na internet perguntava a posição do internauta em relação ao texto da reforma da Previdência aprovado na comissão especial da Câmara dos Deputados. Na enquete, 96% das quase 40 mil respostas foram para opção “contra” e apenas 2% se posicionaram a favor, outros 2% preferiram não opinar ou alegaram desconhecer o tema.

Também no início de maio, o Datafolha fez 2.781 entrevistas, em 172 municípios, e o resultado mostrou que 71% dos brasileiros são contra a reforma da Previdência. O levantamento mostrou ainda que a rejeição entre os funcionários públicos chega a 83%. Em todos os grupos sociodemográficos, a maioria das pessoas ouvidas se posicionou contra as mudanças, sendo que esse grupo teve representação de 73% entre as mulheres, de 74% entre brasileiros que ganham entre 2 e 5 salários mínimos, de 76% entre jovens de 25 a 34 anos e de 76% no segmento daqueles com ensino superior.

Também na mesma linha, a pesquisa DataPoder360, que entrevistou 2.157 brasileiros em 243 municípios no mês de maio, demostrou que 66% deles são contra a reforma da Previdência e 62% são contra a reforma trabalhista. Na estratificação, o maior percentual de pessoas contra as mudanças na aposentadoria e nas regras da CLT (72%) encontra-se na faixa de entrevistados dos 25 aos 44 anos.

Já o maior percentual de apoiadores às reformas está justamente no grupo que sofrerá menos com as mudanças, pois, é composto de brasileiros com idades acima de 60 anos. Segundo o DataPoder360, 33% desse grupo defende as mudanças no sistema previdenciário. As alterações nas leis trabalhistas são aprovadas por 26%.

Portanto, está claro que a sociedade brasileira está contra os ataques aos direitos duramente conquistados pelo trabalhador ao longo de décadas. Além de se posicionar em pesquisas e enquetes, a população tem ido às ruas protestar e se fazer ouvir. Entretanto, o Congresso e o Planalto seguem ignorando o/a cidadão/ã em clara afronta aos conceitos de representação e coletividade. (Fonte: Sinjus)






 

CNTS

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