Parlamentares resistem a mudanças em benefícios sociais
CNTS
As palavras do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, a favor das MPs 664/2014 e 665/2014 encontraram resistência dos parlamentares presentes à audiência pública do dia 9 de abril nas comissões mistas que analisam as matérias. Os textos dificultaram o acesso a direitos previdenciários e trabalhistas.
O deputado Glauber Braga (PSB-RJ) deu o tom do debate ao criticar o Executivo por ter editado as MPs em um momento de retração da economia, com possibilidade de aumento do desemprego e queda da renda dos trabalhadores.
Ele lembrou que o cenário é previsto pelo próprio ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
“Se o Ministério da Fazenda anuncia que é um ano de dificuldade, de ajustes, como se dificulta o acesso do seguro-desemprego?”, questionou Braga.
O parlamentar acrescentou que os deputados e senadores têm dificuldade de justificar a aprovação das MPs em suas bases eleitorais com o argumento de que elas são “meros ajustes”. “O governo precisa criar alternativas”, disse o deputado.
Divergências na base
O presidente da comissão mista da MP 665, deputado Zé Geraldo (PT-PA), reconheceu as divergências dentro da base do governo e no próprio PT. Mas afirmou que os relatores das duas MPs têm condições de fechar um texto de consenso e garantir a aprovação das matérias, que perdem a vigência no dia 1º de junho.
“Trabalho com a expectativa de que nós vamos aprovar essas duas medidas com todas as mudanças que forem necessárias e ‘consensuadas’ no Congresso”, declarou Zé Geraldo. (Fonte: Agência Senado)