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“Não há uma sociedade boa sem um bom sindicato”

 *José Lião de Almeida

A frase acima, dita recentemente pelo Papa Francisco, serve como um alerta para os brasileiros, quando o Congresso Nacional está prestes a aprovar a reforma trabalhista, que trará a destruição dos sindicatos e das leis de amparo ao trabalho. A pressa em aprovar o PLC 38/17 mostra que acabar com os direitos dos trabalhadores é a tábua de salvação do governo, principalmente agora, com o agravamento da crise política. O poderoso lobby da Confederação Nacional da Indústria (CNI), unido a tantos outros interesses patronais espúrios, hipnotizou a “base aliada” e a convoca agora para votar  o projeto a toque de caixa.

O ataque fulminante para exterminar a CLT e as entidades sindicais é a bóia onde se agarram os parlamentares, nesse momento de denúncias graves, que envolvem os principais personagens da República.

Para eles é imperativo promover o desmonte das leis trabalhistas. Não há tempo para mais nada. É agora o momento, pois se a matéria não for aprovada de imediato o governo poderá afundar num mar de lama.

Será este o espírito das leis? É desta maneira que a autoridade política deve funcionar? Agindo sem qualquer pudor contra a maioria da população, a casta de parlamentares governistas deixa claros os seus interesses. Num total escárnio com a sociedade e exibindo falsos argumentos aceleram a hora de votar a volta da escravidão.

“O poder econômico controla o poder político no Brasil”. A frase foi dita esta semana por um economista conservador, destacado ministro dos tempos da ditadura. E este controle está prestes a se tornar total, no que diz respeito ao poder do capital sobre o trabalho. Os senadores irão ao plenário aprovar a prevalência do negociado sobre o legislado, o que torna indiscutível a vontade do empregador sobre a dos trabalhadores. “O setor privado anulou a única força que controla o capitalismo, que é o Congresso”, acrescentou sabiamente o ministro.

Por isso mesmo, a reforma trabalhista não irá gerar mais empregos e sim estimular o subemprego e a precarização, reduzir salários, aumentar a duração da jornada de trabalho, diminuir a fiscalização e promover mais acidentes fatais. A lista de malefícios é grande. E o pior de tudo: quando a sociedade acordar será tarde demais! Por isso convocamos os trabalhadores a lutar. Vamos às ruas contra as reformas!

*Presidente da CNTS e do SinSaudeSP







CNTS

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