CNTS participa de seminário contra ataques aos direitos dos trabalhadores

Dirigentes da CNTS participaram do Seminário Nacional de Unificação das Lutas dos Trabalhadores da Ativa e Aposentados, realizado pelo Fórum Sindical dos Trabalhadores – FST, no auditório Petrônio Portela no Senado Federal. O seminário contou com a participação do senador Paulo Paim (PT/RS), presidentes de confederações e federações de diferentes categorias e centenas de dirigentes sindicais. 

Ao final do seminário foi aprovada a Carta de Brasília que reafirma o compromisso do FST contra os ataques à classe trabalhadora. “O objetivo do evento é unificar a luta de classe contra os ataques que o movimento sindical e os trabalhadores vêm sofrendo por parte dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do poder econômico”, relatou o coordenador do FST, Lourenço Ferreira do Prado. Ele ressaltou a importância da atuação das confederações nesse cenário. “ O FST vai unir forças e lutar ainda mais. Pois sabemos que poucos defendem os trabalhadores no Congresso”, disse Prado.

 O senador Paulo Paim relatou que nunca viu em toda sua história política tantos direitos dos trabalhadores sendo ameaçados. “Esse é o pior momento que estamos vivendo, nem no tempo da ditadura militar tantos direitos dos trabalhadores foram ameaçados. Durante esses 30 anos de história política nunca vi uma coisa dessa, mas ainda dá tempo de reverter a situação e o movimento sindical tem um papel importante nessa luta”, ressaltou.

O senador falou sobre a terceirização que está para ser votada e que sendo aprovada todas as áreas serão atingidas. “Precisamos ficar atentos, eles querem aprovar a terceirização a qualquer custo. A cada cinco mortes em acidentes de trabalho quatro são de trabalhadores terceirizados. Não podemos admitir a terceirização na atividade fim”, disse. 

 

Paim relatou também a dificuldade que o movimento sindical está vivendo. “Não podemos abrir mão da receita sindical, sem a contribuição não tem como ter trabalho. Se for para acabar com a contribuição sindical, então vamos acabar também com a contribuição do sistema S, que gera bilhões de reais e ninguém quer acabar. Eu vou fazer de tudo para não passa o fim da contribuição sindical”, concluiu. 

 

O vice-presidente da CNTS, João Rodrigues Filho, participou da mesa de debates e declarou que é preciso lutar e criticou a aprovação da PEC 55/2016. “A área da saúde está ameaçada com o congelamento de gastos. Nascem milhares de pessoas por dia que vão depender do SUS, como vai ser com esse congelamento? Precisamos fazer alguma coisa urgente”, declarou. 

 

O diretor de Patrimônio da CNTS, Geraldo Isidoro de Santana, participou do seminário e relatou que a participação da Confederação nesses movimentos é de extrema importância. “Precisamos juntos conter esses projetos que ferem o trabalhador, não podemos deixar de participar de eventos como esses, que buscam lutar pelos direitos dos trabalhadores que foram conquistados com tanta dificuldade. É necessário dar seguimento nas lutas”. 

 

É muito importante a participação da CNTS em eventos que defendem os trabalhadores, pois viabiliza o poder de conquista da Confederação em parceria com outras entidades que lutam pelo mesmo objetivo, que é a valorização dos trabalhadores”, relatou o 2º secretário da CNTS, Domingos de Jesus. 

 

“Vamos lutar e debater sempre tudo que for relacionado aos direitos dos trabalhadores. Eventos como esses servem para fortalecer a luta e unificar as categorias. Hoje o governo só pensa em seus interesses pessoais, os trabalhadores estão passando despercebidos. Mas vamos lutar, pois ainda há esperança, nada é impossível”, declarou o diretor de Assuntos da Seguridade Social, Domingos Ferreira. 

 

A diretora de Assuntos Internacionais, Lucimary Santos, relatou que o evento foi positivo, mas poderia ter sido melhor, se tivesse contado com maior participação dos trabalhadores. “O evento foi positivo, contudo, estávamos falando para nós mesmos. Esse momento é de falar direto com os trabalhadores, fazer um movimento de base, incentivar os sindicatos a fazerem um trabalho corpo a corpo. Com o momento que estamos vivendo, e com certeza vai se agravar no próximo ano é hora de conscientização e mobilização não só do movimento sindical, mas da classe trabalhadora”, finalizou. 

 

A 2ª vice-presidente da CNTS, Clotilde Marques, foi na mesma linha. “Temos que conversar menos e agir mais. É necessário convocar a população para lutar pelos nossos direitos. É preciso ter mais debate sobre a reforma da previdência, não podemos deixar passar”, concluiu

 

CNTS

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